O QUE ISSO SIGNIFICA PARA O SEU EQUIPAMENTO?
Todo equipamento que opere com pressão acumulada deve seguir as diretrizes da NR-13, que dá os caminhos corretos para a documentação obrigatória, a instalação, a operação e outros dispositivos necessários para garantir a segurança do equipamento e de todas as pessoas ao redor dele.
OBRIGAÇÕES DO FABRICANTE
Um fabricante desse tipo de equipamento também deve agir conforme o que a NR-13 estabelece durante o momento da fabricação do equipamento. Uma das questões é a definição das Pressões do equipamento.
Sabemos que durante a fabricação, a execução do teste hidrostático é obrigatória a fim de verificar a estanqueidade e a resistência mecânica do equipamento e das suas soldas. Além disso, o fabricante também tem a obrigação de estabelecer a Pressão Máxima de Trabalho Admissível (PMTA) do equipamento, ou seja, o máximo de pressão que aquele equipamento foi projetado para operar com segurança e de forma contínua.
As pressões estabelecidas devem estar de acordo com o respectivo código de projeto, com a resistência dos materiais utilizados, as dimensões do equipamento e os seus parâmetros operacionais.
A depender do ano de fabricação do vaso de pressão, podemos encontrar diferentes nomenclaturas para a PMTA, tais como:
- PMTP (Pressão Máxima de Trabalho Permitida ou Permissível)
- Pressão de Projeto (pode ser diferente da PMTA)
- PMO (Pressão Máxima de Operação)
ESSA PMTA É DEFINITIVA?
Na esmagadora maioria das situações, a PMTA de um equipamento não é definitiva. O principal fator que torna essa PMTA passível de mudanças é o processo de oxidação e corrosão do material do equipamento.
De acordo com a ASME VIII, código construtivo largamente utilizado para a construção de vasos de pressão, os fatores considerados durante o cálculo da PMTA de um equipamento são:
- Diâmetro do equipamento
- Tensão máxima admissível do material utilizado na fabricação
- Eficiência de junta das soldas
- Menor espessura da chapa do casco e do tampo do equipamento
- Fator de proporção M (de acordo com o raio da coroa do equipamento)
Como obriga a NR-13, todo relatório de inspeção de um equipamento que é submetido a pressão deve ser conclusivo, ou seja, trazer algum parecer referente ao estado de integridade do equipamento e as suas condições de operação.
A partir deste entendimento, a Conpressione faz uso do método de ensaio não destrutivo de medição de espessura através de aparelho ultrassom e utiliza as fórmulas de cálculo de PMTA da ASME VIII como método de avaliação do equipamento.
Os métodos aplicados têm objetivo claro: coletar a espessura mínima do equipamento através de uma amostragem de pontos de medição e recalcular a PMTA do equipamento com os dados mais atualizados a fim de verificar se a PMTA estabelecida pelo fabricante ainda pode ser mantida ou se deve ser reduzida por conta do processo de corrosão da chapa do equipamento.
De forma simples: um equipamento foi fabricado no ano 2000 com chapa de 6 milímetros e dimensionado para operar com 10 bar, porém, na inspeção periódica deste equipamento realizada em 2023, foi coletada uma amostra de espessura de 2 milímetros. Neste caso, a Conpressione vai utilizar o resultado de 2 milímetros e vai refazer o cálculo de PMTA do equipamento, que com certeza vai apresentar uma PMTA mais baixa que a original, visto que o equipamento, em um dos pontos de medição coletados, apresentou perda de 66.67% da sua espessura.
Em casos como este, entra em vigor o subitem 13.5.4.12 da NR-13:
13.5.4.12 Sempre que os resultados da inspeção determinarem alterações das condições de projeto, a placa de identificação e a documentação do prontuário devem ser atualizadas.
Ou seja, com uma nova PMTA, as documentações originais do equipamento devem ser atualizadas para que não haja divergência de informação.
COMO EVITAR A CORROSÃO DO MEU EQUIPAMENTO?
A corrosão de chapas metálicas é um processo natural do material ao entrar em contato com umidade, oxigênio e outras partículas da nossa atmosfera. Alguns materiais possuem processos de corrosão bastante acelerados, como o aço carbono, enquanto outros quase não apresentam corrosão, como é o caso do aço inoxidável, que é mais caro.
A grande maioria dos reservatórios de pressão, compressores de ar, separadores ar/óleo, entre outros equipamentos, são fabricados com variações de aço carbono, ou seja, sem os devidos cuidados podem apresentar corrosão considerável de ano a ano.
Para diminuir a corrosão e a oxidação do seu equipamento, recomendamos:
- Realizar pintura antioxidante na parte externa do equipamento;
- Instalar equipamentos secadores de fluido e filtros de umidade no seu sistema de geração de pressão/ar comprimido;
- Drenar os equipamentos com frequência diária;
- Evitar o uso de materiais oxidáveis quando o aço inoxidável for uma opção.
Caso esteja precisando de uma inspeção de segurança conforme a NR-13 no seu equipamento, entre em contato com a Conpressione e solicite uma cotação neste link.